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Contra a extinção, felinos são alvo de reprodução assistida nos EUA

Os zoológicos norte-americanos têm apostado em técnicas de reprodução assistida para combater a extinção de diversas espécies. Os guepardos estão entre os animais que recebem mais atenção.

Os zoológicos norte-americanos têm apostado em técnicas de reprodução assistida para combater a extinção de diversas espécies. Os guepardos estão entre os animais que recebem mais atenção, pois entre os felinos, eles são os que enfrentam maiores dificuldades até chegarem ao acasalamento.

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Em reportagem feita pelo jornal norte-americano New York Times, cientistas do Centro de Reprodução de Animais de Front Royal, em Virgínia (EUA), explicam as diferenças entre a reprodução em ambiente natural e em cativeiros. Apesar de o acasalamento ser um instinto animal, quando as espécies estão em zoológicos tudo é diferente.

A dificuldade em alcançar o sucesso com os processos induzidos de acasalamento é tão grande, que a reprodução assistida teve resultados positivos em apenas 20% dos casos aplicados aos guepardos. Para elevar este índice, os pesquisadores necessitam de grandes valores monetários e de estudo. Assim, os animais são cuidadosamente analisados em seus hábitos para que seja possível proporcionar as condições mais favoráveis possíveis para a reprodução.

Segundo a publicação, o Zoológico Nacional do Instituto Smithsonian, de Washington, gasta anualmente 350 mil dólares somente com a reprodução dos guepardos. O resultado ainda não é o esperado. Nascem apenas 15 filhotes por ano, número pequeno, considerando que existem 281 exemplares do animal em cativeiros estadunidenses.

A situação destes felinos de menor porte na natureza é preocupante. Segundo o Instituto Smithsonian, na virada do século XX existiam cem mil guepardos na natureza, concentrados na região da África à Índia. Atualmente, a estimativa varia entre sete e dez mil animais em ambiente natural. As causas para esta redução são: caça ilegal, conflitos com produtores rurais e a perda do habitat.

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Mesmo que a intenção do trabalho seja a melhor possível, grupos de defesa dos animais não concordam com o sistema de reprodução assistido. A ONG Panthera, por exemplo, incentiva a preservação dos animais na natureza. Para isso, são feitos trabalhos de conscientização com moradores, com a premissa de que os guepardos podem conviver com pessoas.

“Quando não ameaçados, eles [os guepardos] se reproduzem como coelhos em meio natural. Eles não precisam de uma reprodução assistida superdispendiosa – precisam apenas de um espaço onde perambular”, opina Luke Hunter, presidente da Panthera. Com informações do New York Times.

Redação CicloVivo

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