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Leões criados em cativeiro não são úteis à preservação da espécie

Um relatório publicado na revista Oryx conclui que operações que levam os leões criados em cativeiro novamente à vida selvagem não são eficientes na África. O estudo informa que os trabalhos possuem apenas interesses econômicos.

Um relatório publicado na revista científica Oryx conclui que operações que levam os leões criados em cativeiro novamente à vida selvagem não são eficientes na África. O trabalho é feito com a desculpa de auxiliar a conservação, mas os resultados apontam apenas para interesses econômicos.

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A pesquisa foi feita pelo Panthera, grupo da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), especializado em felinos. Segundo os cientistas, o processo não faz diferença alguma na restauração da espécie. Eles ainda garantem que o sistema de reintegração dos leões são programas comerciais, considerados um “mito de conservação”.

Nas duas últimas décadas as operações que dizem retirar os leões dos cativeiros e os devolverem à natureza cresceram rapidamente, especialmente no sul da África. Anunciados como “Encontros com a Vida Selvagem”, os programas cobram de turistas passeios que consistem em dar comida aos felinos ou andar de mãos dadas com os “leões domésticos”. Em contrapartida, a ideia que é vendida aos visitantes é de que possivelmente os animais serão liberados à selva.

O intuito do estudo é mostrar que este sistema é totalmente desnecessário e que os leões de cativeiro não são aptos aos processos de conservação da espécie. Para os pesquisadores, não existe razão para recorrer ao cativeiro, se os animais podem ser preservados em seu habitat natural. Eles ainda alegam que esses programas turísticos desviam a atenção do foco real do problema.

“Imagine se o financiamento e o interesse sincero das pessoas que pagam fossem dedicados a abordar as verdadeiras necessidades dos leões selvagens que estão em declínio e ameaçados. Gastar dinheiro com leões de raça, atrás de cercas, não está ajudando”, explicou a Dr. Paula White, autora do estudo e diretora do Projeto Leão de Zâmbia, pela Universidade da Califórnia.

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Os Dr. Mateus Becker, um dos autores do estudo, acrescenta que a interação com os animais pode ser uma experiência única, mas isso não é conservação. Para ele, na África não é necessário manter os animais em cativeiro, pois existem imensas áreas de conservação no continente e este sim deve ser o foco dos trabalhos e investimentos.

Redação CicloVivo

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