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9 euros
Foto: David McKelvey | Flickr

A Alemanha está introduzindo um passe mensal de 9 euros para todos os transportes públicos. A medida visa ajudar os cidadãos devido ao aumento dos preços dos combustíveis.

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Destinado ao período do verão, o bilhete será válido para os meses de junho, julho e agosto. Além disso, é aberto a todos os interessados – independentemente de serem moradores da Alemanha ou turistas.

O “9-euro-ticket” não poderá ser usado nos trens de alta velocidade e de longa distância (é o caso dos trens ICE, IC e CE), porém funciona em todos os demais trens locais e regionais, bondes, ônibus, bem como nos sistemas U-Bahn e S-Bahn. 

Ou seja, com um único bilhete – que equivale a R$ 46,45 (cotação no dia 25 de maio de 2022) – as pessoas poderão usufruir de uma gama de transportes disponíveis no país durante um mês inteiro. Para se ter ideia do impacto, só em Berlim, capital da Alemanha, uma única viagem custa 3 euros.

9 euros Alemanha
Foto: Jay Wennington | Unsplash

Na Deutsche Bahn (Ferrovia Alemã), a venda de passagens começou na última segunda-feira (23) e já ao meio-dia cerca de 200 mil bilhetes já haviam sido distribuídos. Não à toa, usuários do transporte público estão preocupados com o efeito que a alta demanda causará na rotina diária.

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Incentivando a mobilidade sustentável

Além de ajudar a população a se deslocar, haja visto o aumento dos preços dos combustíveis, o governo espera que mais pessoas se sintam impelidas a adotar o transporte público no cotidiano. A adesão é aguardada sobretudo dos que usam somente automóveis particulares como meio de transporte.

Também faz parte dos planos governamentais, aproveitar a ocasião como uma espécie de teste para o futuro. Isso porque o país quer avançar em políticas climáticas que obrigatoriamente passam pela adoção massiva de transportes menos poluentes.

Foto: Julia Joppien | Unsplash

Se por um lado a redução dos preços agradou os viajantes, por outro a proposta recebeu algumas críticas políticas. A principal delas diz respeito aos orçamentos das empresas de transporte público, que teriam posteriormente que compensar os valores “perdidos”. Outra questão diz respeito à falta de capacidade em suprir o possível aumento do fluxo de passageiros e um terceiro ponto ressalta que a medida terá pouca eficácia em áreas rurais, uma vez que moradores de tais regiões optam pelo transporte individual exatamente pela falta de transportes públicos.

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O investimento deste programa foi orçado em 2,5 bilhões de euros.

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