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Plataforma da Petrobras é denunciada por riscos de acidentes e vazamentos

Funcionários de uma das plataformas da Petrobras anunciaram que a embarcação possui “estado precário”, tanto na área de segurança do trabalho, quanto na higiene das instalações. A estatal nega as acusações e garante que a estrutura está em ordem.

Trabalhadores que operam a plataforma P-33, da Petrobras, localizada na Bacia de Campos, litoral norte do Rio de Janeiro, emitiram uma nota alegando que a embarcação possui “estado precário”, tanto na área da segurança do trabalho, quanto na higiene das instalações.

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A denúncia foi enviada à Agência Nacional do Petróleo (ANP), à Marinha e ao Ministério Público do Trabalho. Nesta quarta-feira (11), a ANP realizou uma vistoria na plataforma, mas ainda não divulgou os resultados.

A embarcação opera há 11 anos, e segundo o comunicado emitido pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), ela está “avançando para o risco de um acidente fatal”. A estatal publicou uma nota afirmando que não há riscos à segurança e que parte dos problemas apontados é comum a instalações em “atmosfera extremamente corrosiva, típica de ambientes marinhos”.

A última auditoria feita na P-33 foi realizada pela Marinha, em dezembro de 2009. Em maio deste ano, um grande vazamento de gás atingiu a plataforma. Dois meses depois, em julho, houve uma explosão que não deixou feridos. "Apesar da falha operacional, não houve nenhum risco de vazamento de gás natural ou petróleo", afirmou a Petrobras em nota no início da noite desta terça-feira.

A Superintendência Regional do Trabalho do Rio de Janeiro vistoriou a plataforma e constatou que havia risco de vazamento em filtros de óleo, que, segundo os fiscais, não têm válvulas de segurança. Na última semana, fiscais do Trabalho haviam interditado alguns equipamentos da plataforma.

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Na última terça-feira o Sindipetro-NF divulgou fotos de peças e equipamentos totalmente enferrujados da P-33. Segundo a Petrobras, que diz zelar pela segurança de seus funcionários, as fotos se referem às instalações que estão temporariamente desativadas. A estatal alega atender às normas do Ministério do Trabalho e, por isso, conseguiu uma liminar na 2ª Vara do Trabalho de Macaé, que suspende a interdição imposta pelos fiscais. 

A Petrobras garante que a plataforma está "com os reparos devidamente programados" e que em outubro, a P-33 realizará sua parada programada para manutenção geral.

O Sindicato disse que na próxima segunda-feira (16) irá fazer uma manifestação para tornar públicas as denúncias quanto à falta de segurança e de higiene na plataforma.

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Com informações da Agência Brasil e do Estadão

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